Diplomatas cubanos homenageados em Lisboa

Vítimas do terrorismo <br>imperialista

Há 40 anos, Adriana Corcho e Éfren Monteagudo foram assassinados na sequência de um atentado bombista na Embaixada de Cuba, em Lisboa.

«Também foram realizados actos terroristas contra sedes do PCP»

No passado dia 22, junto ao n.º 19 da Avenida Fontes Pereira de Melo, onde ocorreu, há quatro décadas, aquele «acto horrendo», realizou-se uma «merecida homenagem» aos dois jovens diplomatas cubanos assassinados.

«O povo de Cuba chorou muito por eles e ainda hoje nos lembramos desse momento com a mesma consternação», afirmou Johana Tablada, embaixadora de Cuba em Portugal, salientando a «generosidade e o heroísmo de Adriana e Efrén», respectivamente com 32 e 35 anos, que sacrificaram as suas vidas, depois de terem avisado os seus colegas «do que estava a acontecer».

Na sua intervenção, a embaixadora valorizou ainda a solidariedade do povo português, que se materializou com uma concentração, com várias centenas de pessoas, nas redondezas da sede diplomática cubana. «Por aqueles anos também foram realizados actos terroristas contra sedes do PCP», recordou.

Quase a terminar, Johana Tablada lembrou ainda os três médicos cubanos que perderam a vida no terramoto que, recentemente, abalou o Equador.

Vítimas do imperialismo

Na sua página do Facebook (www.facebook.com/amizadeportugalcuba), a Associação de Amizade Portugal Cuba, que esteve presente na homenagem, lembra que a partir de 1974 «foi estratégia do imperialismo norte-americano promover atentados bombistas contra sedes diplomáticas do Estado cubano».

Em Portugal, por trás daquele atentado, «estavam aqueles cujos interesses eram prejudicados pelo apoio solidário de Cuba em Angola, contributo fundamental para o derrube do regime do apartheid», salienta a Associação, lembrando que Adriana e Éfren «fazem parte das três mil vítimas mortais do terrorismo imperialista contra o povo cubano e a sua revolução».

No texto, valoriza-se ainda o facto de no Congresso do Partido Comunista de Cuba se ter reafirmado que «a luta pela soberania de Cuba, pelo socialismo e pela unidade dos povos da América Latina continuará».




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